sexta-feira, 2 de março de 2018

GOSPEL vs. WORSHIP


Recebi na semana passada um pequeno questionário sobre o tema da música e da adoração nos cultos em nossa igreja. Antes do fim do dia pude responder.
Deixe-me adiantar logo que as respostas que dei foram ali apenas colocações inicias sobre o tema, sem maiores explicações. Entendo que cada uma das questões mereceria análises mais profundas.
Aqui vou esticar um pouco a resposta original mesmo sem a pretensão de esgotar o assunto. Vou insistir: é preciso aprofundamento e reflexão ampla, sincera e despida de preconceitos para se encaminhar qualquer resposta satisfatória.

1. Você gosta dos estilos musicais tocados na sua igreja?
Resp. Em geral gosto dos estilos, mas pode ser sempre enriquecido.
Acrescento: Se a questão se resume a gosto pelo estilo, então estamos no campo das preferências pessoais. Para cada estilo há boa música e som ruim (mas aqui também já vai mais discussão!). Cada estilo tem “jeito” e sua aplicação. É preciso saber usar.

2. Acha que o estilo musical americano (worship) influenciou muito as igrejas no Brasil?
Resp. Sim. O estilo americano nos influenciou. Mas isso não é um problema se for bem trabalhado.
Acrescento: Todo o nosso cristianismo evangélico nos chegou via nossos irmãos norte-americanos, então logicamente é de lá que recebemos as maiores influências. Mas como disse, isso não é um problema. Pelo contrário, entendo que a troca de influências vai acrescentar qualidade à nossa fé e culto.

3. Você gosta desse estilo ou prefere o modelo antigo?
Resp. Os estilos podem conviver e contribuir mutuamente.
Acrescento: Volta ao ponto da preferência pessoal (já me referi a ele na primeira resposta). Entendo que há riqueza na adoração quando colocamos nossa alma nela. E sempre nossa alma é multifacetada. Além de que, quando adoro a Cristo devo me achegar a ele em sintonia (termo musical) com a sua multiforme graça. O antigo e novo são indispensáveis.

4. Você acha que o worship é o estilo correto para adoração?
Resp. O problema não é o estilo em geral, mas quem e como é trabalhado.
Acrescento: Insisto. Quem adora a Deus sou eu quando faço minha alma vibrar os acordes divinos (continuo musical!) e não minha guitarra elétrica ou meu órgão de tubo. Ponto. Com isso esclarecido vamos entender que o conceito de “correto” quando se trata de adoração sempre é cultural e historicamente circunstancial. Porém não posso desleixar no uso do bom senso que o próprio Deus me deu.

5. Nesse estilo existem muitos espontâneos, você gosta?
Resp. Todo espontâneo exige muito de quem lidera. Preparo espiritual / técnico / sincronia, inclusive com demais lideranças e estruturas. Há lugar para ele.
Acrescento: Convém lembrar que nosso culto por vezes chamado de “tradicional” é herdado do movimento de Wesley (século XVIII) que privilegiou a celebração espontânea em detrimento à liturgia fixada do culto anglicano que ele conheceu. Ou seja, a adoração espontânea está em nossa raiz. Com certeza em tais espontâneos sempre há riscos de sustos, bobagens e até absurdos doutrinários. Mas ensaiando também se pode fazer isso! O importante é se deixar ser conduzido pelo Espírito Santo em todo e qualquer tipo de movimento e adoração.
E deixe-me tangenciar algo mais. Disputa entre ministro de louvor e da palavra é inaceitável, mata qualquer adoração e ofende a Deus.

Antes de fechar este texto, vou repetir: Entendo que cada uma das questões mereceria análises mais profundas. É preciso aprofundamento e reflexão ampla, sincera e despida de preconceitos para se encaminhar resposta satisfatória.
Estou disposto ao debate e a reflexão para que Cristo seja sempre glorificado.


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