sexta-feira, 19 de agosto de 2016

NO PRINCÍPIO – O QUARTO DIA

E disse Deus:
haja luzeiros no firmamento.
E o que antes não era, começou a ser:
os céus, distintos por seus luminares,
souberam distinguir o dia da noite,
pois ele chama à existência coisas que não existem.
Deus é criativo!
Tempos e estações,
inverno e verão, frio e calor,
o brando outono e a renovada primavera,
marés e monções, ventos e chuvas,
quarto-crescentes e minguantes, cheias e novas.
Um lugar e tempo próprio, marcado
para cada festival, cada reunião e festa sagrada.
Pois lá no firmamento um grande luzeiro agora conduz o dia,
um outro regula a noite,
e as estrelas servem de séquito.
E assim permanecem demarcados: o fim da escuridão
e o novo alvorecer.
E Deus observou que ficou bom!
Então começou o crepúsculo
e a tardinha abraçou a noite.
Mas eis que rompeu a manhã e,
como um sacrifício
de culto eterno, aconteceu
o quarto dia. 


2 comentários:

  1. Certamante a contagem dos dias era diferente de hoje

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    1. Oi querido, obrigado pelo comentário.
      Entendo realmente que no primeiro capítulo da Bíblia não temos ali uma questão matemática de calendário ou contagem de dias. É um texto poético - que eu tentei refletir neste poemas - e o autor está nos contando sobre sua fé num Deus que é criador e criativo.

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