terça-feira, 29 de outubro de 2013

Cinco conselhos bíblicos sobre a INSTRUÇÃO DOS FILHOS

Há em toda a Bíblia um claro interesse na família, e mais especificamente em como mães e pais devem tratar e cuidar de seus filhos; da mesma forma com os filhos devem se portar e viver na relação com seus pais.  Com base nesta certeza, vejamos algumas lições que precisam ser aplicadas em nossa vida.
a) Por se tratar de um relacionamento, nem sempre fácil, simples e harmonioso, seja qualquer o seu papel neste elo, estabeleça como critério para sua vida – como pai ou como filho – o amor como o vinculo perfeito (Paulo diz assim em Cl 3:14).
b) Como mãe ou pai, assuma o seu papel de garantir com carinho e amor a instrução, formação e exemplo adequado que seu filho deverá seguir (tenha a coragem de dizer como Paulo em 1Co 11:1).
c) Não ignore ou releve os deslizes de seus filhos.  Quando necessário, corrija-os e discipline pois esta é sua obrigação diante de Deus (veja que o próprio Deus nos serve de modelo em Hb 12:7).
d) Aos filhos cabe o compromisso cristão e o dever de obediência e submissão aos pais, acatando suas instruções e disciplinas sem desanimar (e lembre-se que isso é agradável ao Senhor como enfatizou Paulo em Cl 3:20).
e) Honre ao seu pai e a sua mãe.  Para isso não há idade (lei repetida em Dt 5:16).  Além do mais, cuide da velhice deles (veja a Pv 23:22).  E a todo tempo, considere-os na posição de respeito que o Senhor os colocou.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

DEUS É AMOR!

Em 1Jo 4:8 eu leio que Deus é Amor!  Esta é uma verdade essencial sobre o nosso Deus: Ele ama por ser o próprio Amor!  Independente de qualquer outro atributo ou compreensão, o ser de Deus é o ser do Amor. 
Assim, posso associar outras características divinas ao amor: Jeremias fala de um amor eterno (Jr 31:3); João cita que ninguém tem amor tão imenso (Jo 15:13) e que este amor levou Jesus até o fim (Jo 13:1); Pedro lembra que o amor encobre pecados (1Pe 4:8) e Paulo ressalta que foi pelo seu amor que Deus entregou Jesus para nossa salvação (Rm 5:8).
E é este amor incondicional de Deus que hoje trago à reflexão para por ele glorificar o Pai.  Veja como este amor se apresenta a cada um de nós: Em primeiro lugar é o próprio Deus quem toma a iniciativa de me amar.  João diz que nós o amamos porque Ele nos amou primeiro (1Jo 4:19). 
O Senhor não espera que eu seja bom ou merecedor de qualquer atenção ou cuidado para me devotar o seu amor – ele me ama inicialmente.  Diferentemente do amor humano; o amor divino não é reativo ou está colocado como uma resposta a uma provocação.  Pelo contrário, é ele quem provoca a reação.
A narração que encontro na profecia de Ezequiel (16:1-14) amplia mais a compreensão do amor de Deus.  Olhando para Jerusalém, o profeta chama a atenção para que Deus foi quem achou, salvou e a adornou.  A compreensão é simples: o amor de Deus não procura valor, mas atribui valor àqueles que ama. 
Mais uma vez comparando como amor humano, Deus me ama não porque sou desta ou daquela maneira, ou por fazer isto ou aquilo.  O amor divino é que me faz ser o que sou e me capacita.  Não há exigência prévia, mas derramamento incondicional.
Diante de tão expressivo amor.  Celebro agora a certeza que tal amor me foi concedido pelo Pai, e por isso posso ser chamado filho de Deus (1Jo 3:1).  Para a glória dele. 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Cinco conselhos bíblicos sobre a SABEDORIA



O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.  Este deve ser o modelo e a regra de nossa vida e conduta cristã.  Em cada dia e a cada nova circunstância devemos estabelecer este padrão de prudência, sabedoria e bom senso como nosso verdadeiro estilo de vida.  Algumas observações práticas podem ser apresentadas.
a) Comece centrando sua vida no temor do Senhor.  Não há como começar uma vida sábia diante de Deus sem buscá-lo com temor e reverência.
b) Coloque a busca pelo discernimento e bom senso como alvo em sua vida.  Lembre-se da instrução de Tiago sobre pedir a Deus a sabedoria pois ele a dá liberalmente (leia em Tg 1:5).  Busque no Senhor o conhecimento e a sabedoria, mesmo que em temas aparentemente "não espirituais".
c) O próprio Salomão instrui a tomar conselhos de quem é mais sábio (atente para Pv 13:10).  Não é vergonha reconhecer que sempre pode haver alguém com mais maturidade e conhecimento em determinados assuntos e questões.  Aconselhe-se e cresça no conhecimento.
d) Nunca pense que já sabe o suficiente ou que não é capaz de adquirir mais sabedoria.  Sempre é possível continuar conhecendo (lembre-se da exortação do profeta Oséias em relação ao Senhor mas que pode ser aplicado aqui – Os 6:3).
e) Invista do seu tempo e de todos os seus recursos em estudar, conhecer, adquirir bom senso e sabedoria pois será por meio dela que os seus dias serão multiplicados e o tempo da sua vida se prolongará (dito em Pv 9:11).

terça-feira, 15 de outubro de 2013

UM ENCONTRO NO JARDIM

Depois dos relatos iniciais da criação nos dois primeiros capítulos da Bíblia, o capítulo três se abre mudando o enredo com a narrativa sombria da sedição e queda do primeiro casal.  É a gênese de todas as coisas.
Mas, antes de continuar a descrição do horror do pecado e suas conseqüências desastrosas para o gênero humano, um verso se destaca, quase que saltando página afora: é Gn 3:8.  Nas  suas poucas palavras há uma enormidade de riquezas histórico-espirituais que revelam detalhes da relação Criador/criatura no Éden e de como esta nova situação comprometeu tal relação.
Nas versões mais tradicionais em língua portuguesa nós lemos que na viração do dia a voz do Senhor foi ouvida no paraíso.  Confesso que a expressão hebraica colocada aqui desafia a destreza dos bons tradutores – mas não é esta a questão aqui.  Vamos a texto.
Enquanto ecoa a voz do Senhor em meio ao suave soprar do vento do fim-de-tarde (e imagino eu isso emoldurado em um por de sol exuberante: estamos no paraíso!), o jardim se inunda de graça e beleza santas.  Ali transpira um ar de familiaridade no texto, não sei se pela voz em si, pelo lugar ou pelo momento específicos do encontro.  Com facilidade também me vejo transportado para lá.  Convenço-me que é simplesmente gostoso estar ali, e percebo ainda que o próprio Deus se satisfaz também.  É por isso que ele se revela, faz-se presente, fala e compartilha.
Aquele encontro é mais que mera companhia ocasional, é um caminhar juntos não pela obrigação do destino, mas pelo fluido gozo de estar junto enquanto trocam passos.  É mais que uma reunião com agenda e liturgia, é um bate-papo despretensioso de quem encontra um amigo leal e bota os assuntos em dia.  É amizade e amor gratuitos e jamais uma negociação ou troca de favores compromissados.
Penso que era algo assim que Jesus tinha em mente quando propôs a experiência do quarto fechado em Mt 6:6.
Isto tudo era antes.  Agora há o pecado.  Deus permaneceu fiel e veio ao encontro.  Ele tinha interesse naquilo, porque encontro bom é quando todos se satisfazem – e aquele era realmente o melhor.  Mas o casal não estava mais lá.  O pecado maculou a alma e eles se sentiram sujos, com vergonha, impróprios, inadequados.  E se esconderam...
A voz do Senhor soou como de costume, mas desta vez a resposta foi apenas seu próprio eco.  Lembro que o profeta Isaias compreendeu o significado daquela situação: o problema não é Deus.  Sou eu e minha mania de pecar (confira Is 59:1-2).
E Deus perguntou:
— Cadê vocês?  Que tipo de besteira foi que vocês fizeram?
O que era para ser um encontro no jardim das delícias, quebrou-se e os cacos da antiga comunhão agora me torturam.  Aqui é o apóstolo Paulo que observa que o grande trunfo do amor de Deus é ele o ter demonstrado no momento de minha maior fraqueza (leia em Rm 5:8).
E é no encontro com o Senhor que tudo se refaz.  Há resgate e restauração.  Mesmo que o pecado imponha desdobramentos inevitáveis, mas pela graça do descendente da mulher sou convidado a ainda desfrutar da companhia sagrada.
Ora, culto é essencialmente encontro.  E a Bíblia está recheada deles.  Mesmo vivendo nesta vida, com o suor no rosto do ganha-pão, pisando em espinhos e gestando com dores; mas posso desfrutar da companhia na jornada e da conversa sincera.  No encontro do culto, mesmo hoje, a voz ainda reverbera:  note que eu estou com você (lá em Mt 28:20).
Venha também para este encontro no jardim.

(Texto publicado originalmente na Revista Cristão em Foco na edição de nov-dez/2012)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

ESPERANDO SANSÃO

Um dos juízes do AT cuja história é mais conhecida é Sansão.  Seus feitos se tornaram de certo modo até lendários entre o povo de Israel.  O que muitos não se lembram é que a vida dele foi resultado de uma ação sobrenatural de Deus quando o povo encontrava-se sob aflição.  O Senhor foi ao encontro da mulher de um certo Manoá e lhe fez uma promessa (Jz 13).
Deste encontro do anjo do Senhor com aquela mulher e da promessa feita podemos ainda hoje extrair lições que nos ajudem a responder a questão: o que fazer quando Deus nos promete bênçãos?  Vejamos o que fez aquele casal.
O texto diz que logo que soube da promessa, Manoá orou ao Senhor e pediu ajuda: volte para nos instruir (v. 8).  Quando somos alvo das promessas de Deus e pela fé sabemos que o nosso Senhor irá nos abençoar; a primeira coisa a fazer é buscá-lo em oração (consultá-lo) para saber o que fazer com a benção (cf. At 22:10).
A segunda lição vem da atitude da mulher de Manoá: quando o anjo voltou com a resposta da oração ela foi correndo contar ao marido (v. 10).  A benção de Deus em nossas vidas – ou simplesmente a resposta de nossas orações e uma promessa de bênção – deve nos fazer anunciar com convicção às pessoas com as quais convivemos aquilo que o Senhor está fazendo (cf. Mt 28:6-8).
E depois de tudo confirmado a atitude do casal deve servir como último modelo: Manoá pegou a oferta e ofereceu ao Senhor sobre uma rocha (v. 19).  Que mais podemos fazer diante das maravilhas que o nosso Deus tem reservado para nós.  Sempre oferecer um louvor e manifestações de ações de graças (cf. Sl 116:12-14).
O nosso Senhor vem ao nosso encontro quando mais precisamos dele e nos concede promessas e bênçãos.  Que possamos aprender com Manoá e sua mulher como agir em tais momentos para a glória maior de Deus.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

SAUDADES…

Lia o livro de Salmos, e cheguei ao 42.  O autor do salmo estava cativo.  Talvez tivesse sido levado escravo em alguma invasão dos arameus.  Sente saudades da sua terra.  Fala do Jordão, o Hermon e o Mizar, talvez um pico do Hermon.  Lembra-se do templo.  Canta sua dor.
Mas tem saudades de Deus.  Do templo.  Do culto.  De ir com a multidão à casa de Deus (v. 4).  A saudade é tão grande que ele chora tanto que as lágrimas são o seu alimento (v. 3).  Para nós, cristãos, esta figura perdeu sua força.  Deus não está confinado a um templo ou a um lugar.  Mas naquele contexto da revelação estava.  Ele está longe do solo sagrado.  No cristianismo não há terra santa, pois Deus não habita numa terra, mas nas pessoas.  Para o salmista havia a terra de Deus.  Tinha saudades dela.
Diz-se que a palavra “saudade” só existe na língua portuguesa.  Grande coisa.  “Borogodó” também.  Ter saudades não é privilégio de falantes da língua de Camões.  Em outras línguas, o conceito é expresso por outras palavras.  Não há a palavra, mas há o sentimento.
Temos saudades do que nos é valioso.  Não temos saudades de uma doença.  Nem de uma provação esmagadora.  Mas, o que nos é valioso? Do que temos saudades? Os hebreus, no deserto, tinham saudades do Egito: “Nós nos lembramos dos peixes que comíamos de graça no Egito, e também dos pepinos, das melancias, dos alhos porós, das cebolas e dos alhos” (Nm 11.5).  Não era de graça.  Pagavam caro pelas cebolas e alhos: chicotadas nas costas.  Mas seu coração estava no Egito, então romantizavam o passado, esquecendo-se de como fora ruim.  Há cristão com saudades do mundo.  Queixa-se das provações que enfrenta na peregrinação por esta vida, esquecido que antes era pior.  Ou se não era, o destino seria pior.  Escravo não tem futuro.
Saudades de Deus! Que bonito! Para quem ama a Deus, o melhor lugar do mundo é a igreja.  O melhor momento da vida é o culto.  Não ir à igreja ou perder um culto traz um vazio! Garret chamou a saudade de “gosto amargo de infelizes”.  É frustrante: podemos estar em qualquer lugar, mas se nosso coração é do Senhor, ficar longe de sua igreja, do seu povo, do culto, é gosto amargo e infeliz.
Saudades de Deus! Diz o hino 484, do Cantor Cristão: “Da linda pátria estou mui longe/Triste eu estou/Eu tenho de Jesus saudades/Quando será que vou?”.  Muitos cristãos se apaixonaram pelo mundo e não têm saudades de Jesus e da linda pátria.  Não são mais peregrinos.  Naturalizaram-se cidadãos do Mundo.  Não cantam mais o Céu.  O coração não está lá.  Não se tem saudade do que não se ama.
Você tem saudades de Deus? Lembra-se dos bons momentos do passado e sente falta deles? Estando longe, tem saudades da igreja? Ou tem saudades do mundo, quando está na igreja? Saudades da casa de Deus ou do Egito?
Tenha saudades das boas experiências com Deus.  Queira-as de volta.  Busque-as.

No último dia 1º o Senhor recolheu para si o Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho – um dos grandes de nossa geração.  Como distinção ao seu legado, publico aqui este artigo de sua autoria publicado originalmente na pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá em 14/07/2013 e recolhido no sítio http://www.isaltino.com.br/2013/07/saudades

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O AMIGO – considerações sobre Sérgio Lopes

Ainda respirando os ares das celebrações do centenário de nossa Igreja (dê uma olhada aí no blog que você vai encontrar um bocado de coisas que já escrevi sobre estes 100 anos).  Como comecei dizendo: ainda respirando os ares do centenário de nossa Igreja que aconteceu no último dia 19 de setembro, quero aproveitar este espaço para traçar algumas linhas sobre a noite que antecedeu o grande dia da celebração. 
Na quarta-feira (dia 18/09) a nossa igreja abriu suas portas para uma noite muito especial.  O templo estava completamente lotado – inclusive na quadra anexa – para aquela que seria a abertura oficial da Série de Conferências alusivas à festividade centenária.
Para a ocasião convidamos o cantor Sérgio Lopes.  Não vou julgar a intenção de ninguém, talvez alguns ali até pensaram em show ou coisa parecida, mas para nós seria um culto de gratidão – como o foi.
Aqui começam as considerações sobre o Sérgio – dá licença, não estou sendo desrespeitoso em chamá-lo apenas assim!
Ah, sim! O título: O AMIGO é uma referência a uma de suas belíssimas músicas (redundância?), mas também um pouco de liberdade em descrevê-lo.
Voltemos à noite.  Antes de subir no altar, tive a oportunidade de desfrutar de alguns minutos com o Sérgio na ante-sala do santuário.  Mais que um artista em seu camarim, ou um poeta aguardando o instante de expor sua obra aos fãs; mais que reconhecer fisionomias ou rebuscar migalhas de lembranças em comum; naqueles poucos minutos oramos juntos e pude reconhecer mais um vez ali um servo de Deus: alguém a quem o Senhor concedeu a graça de fazer música com simplicidade, mas também com profundidade e arte, e está fazendo para a glória do Altíssimo.
O que aconteceu então? Sérgio Lopes foi à frente do povo, anunciou a Palavra e cantou uma dezena de entre as mais de duas centenas das músicas que ele tem em seu repertório.  E devo admitir, não é tarefa fácil destacar uma, elas são excepcionais, no sentido lato da expressão.
A poesia das canções (e com esta consideração tenho bem consciência que estou sendo repetitivo e pouco original, mas não tenho como fugir dela), suas melodias familiares e a capacidade de guiar nossa alma aos lugares sagrados honrou ao Cristo, Senhor da igreja, e nos conduziu em adoração.  Realmente, foi uma noite exuberante!
E para terminar, permita-me uma pequena indiscrição.  Depois daqueles momentos em que a música nos levou à presença de Deus, fomos jantar.  O salão estava caprichosamente decorado, a comida deliciosa, mas o melhor foi sentar numa mesa reservada (não vou me esquecer que o Fábio, seu produtor, estava conosco) e entender que mesmo que a distância geográfica entre nós não nos permita desenvolver maiores laços de amizade, mas em Cristo somos mais que isso, somos irmãos, filhos do mesmo Pai e herdeiros da mesma graça.
Sérgio Lopes, que o Senhor continue te abençoando.

(Aquela foto lá em cima eu tirei com o celular para registrar Sérgio Lopes cantando no templo da PIBA na noite de 18/09/2013)

terça-feira, 1 de outubro de 2013

COMPLETAMENTE APAIXONADO PELA IGREJA

Este ano de 2013 a nossa Igreja completa 100 anos.  A Primeira Igreja Batista de Aracaju (PIBA) foi organizada em setembro de 1913 por irmãos vindos de Penedo no Estado de Alagoas e hoje ela se reconhece como uma Igreja firme, forte, e dinâmica no seu centenário.
Aproveitando o ensejo das comemorações, na noite do domingo de carnaval, eu me declarei para os irmãos que estavam ali acampados conosco: Eu sou completamente apaixonado pela igreja!
Preciso confessar que, mesmo depois de trinta anos pregando, naquela noite foi difícil disfarçar uma ponta de ansiedade e nervosismo.  Nunca é fácil abrir o coração e expressar a paixão, principalmente quando a declaração deve ser feita diante da amada.
Orei bastante pedindo coragem e acho que me saí bem.  Agora, mas uma vez, tomado da mesma coragem, quero compartilhar a mesma declaração de amor que fiz em fevereiro e também igualmente apontar as bases da minha paixão: sou tomado de uma profunda e completa paixão pela igreja, e sabe por quê? (se quiser conferir Mt 16:18 vai ver que está por ali o meu alicerce).
Sou apaixonado pela igreja porque ela foi criada pelo próprio Cristo.  Como não ter paixão por algo que meu amado forjou? Sei que ao longo da história algumas páginas da igreja não nos enchem de orgulho e ela se desenrola através de ações e decisões humanas.  Mas nada pode mudar a realidade de que igreja é alguma coisa que foi idealizada e tem seu fundamento no Senhor Jesus Cristo.
Também tenho paixão pela igreja porque ela é constituída de ovelhas do rebanho divino.  Se Cristo os amou tanto que chegou a morrer por elas, posso eu não os amar? Na atividade pastoral às vezes queremos tomar posse do rebanho e nos esquecemos que foi o Cordeiro de Deus quem deu seu sangue para resgatá-los.
Amo de paixão a igreja porque é no meio dela que experimento as mais significativas experiências de fé.  Há como não ser tomado de paixão pelo grupo no maio do qual o sagrado acontece? Sei que Deus pode se revelar como quiser, inclusive na individualidade do quarto fechado, mas me parece claro que o Senhor tem uma predileção toda especial em se manifestar no meio do seu povo, a igreja.
E mais ainda, a paixão pela igreja aflora em mim de maneira indomável porque ela é do Senhor Jesus.  Como não nutrir paixão por um povo que foi adquirido por Cristo? Até reconheço que alguns líderes venham a agir como se quisessem usurpar a posse da igreja, é vexatório.  Contudo, volto a dizer: a igreja é do Senhor Jesus, e eu a amo de paixão!
Ora, porque sou completamente apaixonado pela igreja, como um organismo vivo ligado a Cristo de maneira sobrenatural e universal, então posso demonstrar tal paixão de forma histórica e palpável a minha igreja local: sendo infinitamente apaixonado pela igreja, amo concretamente a PIBA – venha amar comigo a igreja de Cristo.

(A imagem lá em cima não é nova.  Ela me estampa pregando no antigo púlpito da PIBA num domingo pela manhã há alguns anos)