terça-feira, 29 de novembro de 2011

UM RICO INSENSATO


Em uma certa ocasião um homem no meio da multidão pediu para Jesus arbitrar uma questão de herança entre ele e seu irmão.  De pronto o Senhor respondeu que não tinha sido para isso que desenvolvera sua missão, e completou com a seguinte recomendação:
Tenham cuidado e fiquem cabreiros com toda e qualquer avareza ou somiticaria; pois a vida do homem não se resume à quantidade de coisas que se ajunta (mesmo que se coloque um adesivo no vidro do carro dizendo que foi Deus quem deu!).
Antes de prosseguir a narração de Lucas (estou acompanhando Lc 12:13-21), deixe-me atinar para o fato que o relacionamento doentio do ser humano com o dinheiro, as riquezas e afins ocupou uma parte considerável do ministério e das pregações de Jesus Cristo.
Voltemos à narrativa do Evangelho.
No mesmo contexto da advertência quanto à ganância, o Mestre propôs a seguinte parábola (que aqui me dou a liberdade de recontar, como já venho fazendo com o texto em si).
A terra de certo homem rico produziu muito.  As commodities do agro-negócio lhe foram bastante favoráveis, e isso aliada a uma taxa de produtividade significativa, o que fez com que os recordes de sua safra rendessem lucros exorbitantes e consideráveis.  Aquele homem julgou então ter chegado o momento de rever suas estratégias e métodos: prosperidade e celeiros cheios exigiam depósitos maiores e tendas mais largas.  A segurança financeira possibilitava tomar posse de alguns confortos.
Então o rico e próspero homem tomou a seguinte resolução: agora tenho o direito de fazer o capital trabalhar para mim.  Viver apenas da renda já me é possível; pois, agora que estou na posição de cabeça, posso deixar àqueles que restam na cauda trabalharem para mim.
Neste ponto da parábola Jesus propositadamente dá um corte radical na sequência da narração, inserindo uma sentença divina que soa como um mistura de advertência e condenação:
— Homem!  Larga de tolice!  Essa noite você vai seguir o destino de todos os homens!  E tudo o que você juntou, vai ficar para quem?
E por fim, o próprio Mestre é quem oferece a aplicação da parábola: é isso o que acontece com aqueles que acumulam e guardam para si riquezas e propriedades, mas não conseguem ser ricos para com Deus.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

BARTIMEU, A MULTIDÃO E JESUS


Os três Evangelhos sinóticos contam que, na porta de entrada da cidade de Jericó, o cortejo que acompanhava Jesus encontrou um homem cego mendigando à beira do caminho (confira em Mt 20:29-34; Mc 10:46-52; Lc 18:35-43). 
Nenhum detalhe da narração ou das circunstâncias parece estranho ou absurdo.  Mendicantes ao longo das vias eram comuns na empobrecida Judeia do século I.  As multidões acompanharam Jesus com relativa frequência pelos mais diversos motivos.  E também é verdade que Jesus desenvolveu seu ministério de forma itinerante.  Mas olhando de per si os três personagens, quero destacar como cada um lidou com a situação e de que modo ainda hoje cada um de nós também o faz.
O primeiro personagem é o cego mendicante.  Marcos o chama de Bartimeu.  Segundo a narrativa dos evangelistas, o cego ao perceber a multidão, se inteirou do que se tratava; e ao saber que era Jesus, o Nazareno, se pôs a chamá-lo com veemência: "Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!" Por saber da sua situação e por crer que estava diante dele a única possibilidade de restauração, o cego clamou. 
Ao longo do caminhar da história, por vezes sou também levado à mendigar por migalhas de vida.  Mesmo não me faltando a subsistência material, o vazio e a carência existencial insistem em me colocar à margem.  Em tal situação é preciso aprender com Bartimeu e ter convicção e fé que somente Jesus pode mudar a minha história.  Então eu devo clamar também com veemência.
Como segundo personagem sou apresentado à multidão.  Os Evangelhos contam que eles estavam convivendo com Jesus há algum tempo e já tinham experimentado do seu poder e de suas maravilhas.  Mas agora estavam diante da concorrência do cego.  Aqui a multidão mostrou não ter ainda compreendido corretamente as lições do Mestre: com o desejo de possuir a exclusividade do Messias, eles foram incapazes de demonstrar amor e cuidado para com o próximo.
Vivendo com Cristo, tenho também sido agraciado com as bênçãos dele.  Mas é preciso confessar que ainda sou tentado por um ciúme doentio para com as coisas sagradas.  Nestes momentos é preciso deixar de lado a multidão e aprender a compartilhar a minha fé e atrair pessoas para o convívio evangélico.
Então aparece o próprio Jesus, o terceiro e principal personagem da história.  Ele apenas mandou chamar o cego e lhe perguntou o que queria.  Jesus conseguiu ouvir a voz de Bartimeu no meio da multidão e demonstrou real interesse pela sua situação: "Que queres que eu te faça?"  Sendo Filho de Deus e detentor de todo o poder, Jesus se dispôs a ajudar em qualquer que fosse o problema. 
Nunca foi a quantidade da multidão que atraiu Jesus, mas a voz dos indivíduos que clamam.  Ainda hoje, Jesus continua mais interessado em pessoas que em números ou estatísticas.  Por isso ele continua a ouvir qualquer filete de oração que eu lhe dirija.  Por outro lado, como tal poder e disposição ainda hoje estão ao meu alcance, pois o Cristo ainda tem amor e cuidado para com todos, então posso ter certeza que ele se apresenta para mim como meu ajudador.
Que deste encontro com o Mestre, meus olhos sejam abertos para a glória dele.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Salmos 24 e 96 - uma leitura


Vários salmos bíblicos expressam a alegria e o reconhecimento pelo poder real que podemos experimentar em nosso ato de adoração ao Senhor, e sem dúvida, eles podem representar o espírito exaltado e a alegria incontida de Davi naquele dia quando ele liderou o povo na entronização da arca em Jerusalém.
Quem é este rei da glória?
O SENHOR dos Exércitos;
ele é o Rei da glória.
(Sl 24:10)
Dêem ao SENHOR
a glória devida ao seu nome,
e entrem nos seus átrios
trazendo ofertas.
Adorem o SENHOR
no esplendor da sua santidade;
tremam diante dele todos os
habitantes da terra.
(Sl 96:8-9)
Mas há um Salmo de gratidão de Davi que o livro das Crônicas registra como tendo sido entoado exatamente quando a Arca chegou a Jerusalém (1Cr 16:8-36).  Neste salmo pelos menos dois aspectos nos sobressaem aos olhos:
(a) Em toda a estrutura do salmo, verbos no imperativo dão o tom da composição: dêem graças...  divulguem...  cantem...  gloriem-se...  olhem...  rendam graças...  adorem...  sendo inclusive repetidos ao longo do texto.  Isto nos aponta para a necessidade de mover nossa vida e adoração sempre em busca de cumprir o imperativo de reconhecer e louvar o Senhor com alegria e celebração pelo que Ele é e pelo que Ele tem feito em nossas vidas.
(b) Também percorrendo a composição do salmo encontramos o reconhecimento de que o louvor só cabe ao Senhor e que diante dele sempre haverá a necessidade de se expressar uma alegria infinita e um temor reverente:
Pois o SENHOR é grande
e muitíssimo digno de louvor;
Ele deve ser mais temido
que todos os deuses.
(1Cr 16:25)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

PORQUE EU ERRO


Durante a vida e o ministério de Jesus aqui nesta terra, ele por várias vezes teve de disputar com adversários que com insistência tentavam apanhá-lo em falhas e contradições – mas considere que sempre saiu vitorioso! 
Em meio a tais disputas, os debatedores usam de artifícios variados: insinuações, acusação direta, ironia, leitura bíblica forçada, casuísmos, entre outros.  Numa delas, os saduceus, grupo político-religioso ligado ao staff do templo em Jerusalém, questionaram sobre um possível casamento a se realizar depois da morte. 
Observe que, como resposta, Jesus apenas desfez o argumento dos seus adversários mostrando-lhes seu erro fundamental: "Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus" (o debate está em Mt 22:23-33 e a citação é do verso 29).
Assim, tomando como base esta afirmação do Mestre, quero esclarecer quais os motivos que me levam a errar em minha vida e caminhada cristã. 
Em primeiro lugar eu erro quando não conheço as Escrituras.  O conhecido Sl 119:11 diz: "Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti" e em Ap 10:9 o apóstolo recebe a instrução: "Toma-o, e come-o".  Para que eu não erre é preciso que estude, obedeça e ame a Palavra de Deus.  É necessário que tenha na boca e no coração as palavras desta Lei, que medite nelas de dia e de noite, que aprenda a viver segundo as suas instruções.  Sem a Bíblia o crente fraqueja e tropeça.  Somente baseado neste Livro poderei me fortalecer e seguir em frente afastando o erro da minha trajetória.
Um segundo aspecto que causa o erro em minha vida é quando eu desconheço o poder de Deus.  Ao final de sua trajetória, Jó exclamou: "Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido" (confira Jó 42:2) e a Marta Jesus afirmou que "se creres, verás a glória de Deus" (em Jo 11:40).  Sozinho nada posso fazer e por isto mesmo só me manterei com servo leal a Cristo se depositar toda a minha confiança do poder absoluto do Senhor.  O crente só se mantém firme quando conhece em sua própria vida o poder de Deus.  É na convivência e na experimentação deste poder na vida cotidiana que poderei seguir os passos do Senhor sem tropeços nem erros.
Que as palavras de Jesus aos saduceus possam me servir de alerta a nunca errar em minha caminhada cristã.  Que possa sempre acertar, conhecendo a cada dia a Palavra de Deus e o seu poder.  

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

PRA QUE DEUS FEZ O CAJU?


O caju está muito ligado a mim e a minha história, não somente pela minha cidade natal – e até mesmo por ela – Aracaju, o lugar das araras no cajueiro, mas também porque me lembro bem de haver grandes áreas urbanas ainda abertas com cajueiros – isso era nos idos da infância, já que vários deles nem existem mais.
Mas olhe bem: o caju é uma coisa curiosa.  Nem para ser chamado de fruto serve, pois a semente e o poder de reprodução está na castanha e não no caju mesmo.  Então, considerando isso, a seguinte questão me vem à mente: pra que Deus fez o caju? Com que serventia? Que finalidade ele pretendia?
Sei que biólogos e botânicos discorrerão sobre as qualidades nutricionais do caju, ou sobre seu papel no ecossistema da mata atlântica, ou ainda algo que o valha.  Sinceramente eu penso que estas são razões secundárias.  Os motivos principais de Deus ter feito o caju são outros.
Quando Deus me criou, ele me dotou de cinco sentidos extremamente sofisticados e nisto eu acho que está a resposta sobre o para que o Criador ter feito o caju: pelo menos três dos meus sentidos Deus acalenta com o caju.
No final do terceiro dia da criação Deus olhou satisfeito a vegetação que ele havia acabado de criar com suas sementes, flores e frutos (leia lá em Gn 1:11-13).  Assim, para compartilhar a alegria de ver o colorido exuberante da criação, Deus fez para mim o caju.
Preste atenção no vermelho ou amarelo vibrante de um caju maduro.  Deus o fez para trazer alegria aos meus olhos.  Na beleza do colorido do caju, o Senhor tanto acaricia minha visão quanto me mostra de um jeito explícito seu cuidado e amor para comigo.
Há um segundo sentido.  O texto bíblico diz que o Senhor aspirou satisfeito o cheiro da oferta de Noé (em Gn 8:21).  Neste detalhe penso que está um segundo motivo para o caju.  Deus fez o caju para que eu também tivesse o privilégio de desfrutar da satisfação do cheiro suave.
É verdade que há entre as frutas algumas com um cheiro mais forte e marcante, mas poucas são tão suavemente peculiares como o caju.  Com certeza Deus fez assim para a satisfação do meu olfato.  O cheiro doce e tropical do caju foi colocado ali por Deus para que meu nariz se sentisse cheio e regalado e pudesse com isso me atinar para que do mesmo jeito eu devo estar cheio do Espírito que sopra.
O terceiro sentido com o qual Deus me dotou e que é por demais interessante quando se trata de caju é o paladar.  Note que neste caso é puramente humano o deleite da degustação (já atentou para o Sl 50:10-13?).  Pois é: Deus fez o caju exclusivamente para que eu possa encher minha boca de sua gostosura.
O caju é um simples mimo do Senhor para mim.  Em nada o Criador precisaria do cajueiro, das castanhas, e muito menos do caju, mas ele teve tanta atenção e carinho por mim que resolveu fazer o caju.  O sabor único do caju é uma dádiva de amor e afeição gratuitos de Deus.
Sabe pra que Deus fez o caju?  Tenha certeza: ele fez o caju com cores, cheiro e sabor para que eu o desfrute.  Então, da próxima vez que você tiver a fantástica oportunidade de ter um caju em suas mãos, desfrute do presente de Deus, delicie-se com ele e principalmente louve o Senhor Criador por ter tanto carinho e cuidado com você.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Parábola das coisas – um chinelo


Qualquer pessoa que tenha um mínimo de conhecimento bíblico sabe que um dos métodos mais usados por Jesus para ensinar e repassar suas lições aos discípulos e ouvintes em geral era através de parábolas.  E como ele fez isso com maestria!
Em resumo, a parábola nada mais é que uma pequena narração que apresenta uma lição significativa – no caso de Jesus, de cunho moral e espiritual – cuja interpretação está no todo e não nas partes individualmente e que por se relacionar com aspectos comuns e cotidianos dos seus ouvintes podiam ser entendidos e assimilados com muito mais propriedade.
Este parágrafo anterior talvez possa parecer muito técnico para descrever o jeito simples do Mestre falar.  Se este for o caso, me permita tentar usar do mesmo método – contar uma parábola – para tanto demonstrar o que isso quer dizer como apontar uma lição a partir de alguma coisa bem presente no nosso dia-a-dia: um chinelo!  Não sei como você está acostumado a usar, mas aqui no Nordeste o nome é este mesmo: sim, um chinelo!  Desses que você tem em casa e usa quando chega e quer calçar algo que é seu e lhe deixa à vontade.
Um chinelo é isso: você sempre reconhece o seu e para usá-lo não é preciso de cerimônias.  Está certo que existem hoje em dia uma variedade enorme de chinelos e sandálias e que alguns são rebuscados e chiques.  Mas o chinelo de verdade é aquele que lhe provoca a sensação gostosa de familiaridade, intimidade, de estar em casa.
Já pensou que seguir a Cristo também tem que ser assim: como um chinelo.  A vida cristã é para ser uma experiência vivida como algo tão íntimo e pessoal como um chinelo: familiar e bem à vontade!
Como tem sido sua vida cristã?  Como sapatos apertados ou como bons chinelos?  Como você tem se sentido em sua caminhada cristã?  Peça a Deus para andar calçado assim.

Você encontra textos como esse no livro PARÁBOLA DAS COISAS

 


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Conheça também outros livros:
TU ÉS DIGNO - Uma leitura de Apocalipse
DE ADÃO ATÉ HOJE - Um estudo do Culto Cristão





sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A DEFESA DE PAULO


Sempre gostei muito do apóstolo Paulo e procurei me espelhar na vida dele.  As suas experiências de vida foram ricas e valorosas para mim em todos os sentidos.  Um destes episódios interessantes está narrado em At 21 e 22 quando de sua chegada a Jerusalém.  Diante do alvoroço que ocorreu na cidade, Paulo fez uma reflexão sobre a sua história pessoal para com isto apresentar sua defesa.  E de tal reflexão quero extrair lições espirituais valiosas.  Acompanhe comigo alguns destaques:
No verso 22:7 Paulo diz que caiu por terra ao ouvir a voz do Senhor.  Ele estava perseguindo a Igreja por julgar fazer a vontade de Deus.  Jesus então reconheceu a sua intenção e veio ao seu encontro.  Ao se encontrar com o Deus verdadeiro a quem desejava seguir, Paulo caiu por terra.    Tomado pelo encontro, o judeu zeloso se viu caído – ruíram-se todas as suas defesas e ele se deixou envolver pela presença que o estava tomando.
Sei que o encontro pessoal com Cristo é maravilhoso e pode nos levar ao êxtase, algumas vezes nos derruba ou fazem desabar nossas certezas e convicções.  Mas o certo é que sempre diante de Cristo sou alcançado para corrigir minha rota e desafiado a me colocar bem onde Deus me quer.
A partir do chão Paulo podia começar a experimentar a grande novidade – o evangelho – e isso deveria ser mais que um corpo de doutrina, ou a defesa de uma verdade; mais que intenções ou atitudes religiosas e moralmente corretas.  Assim, aparentemente caído e sucumbido ante a grandeza da realidade do encontro, Paulo teve a sua vida radical e profundamente tocada e transformada, seus valores e convicções retocados e suas prioridades e objetivos refeitos.
O que Paulo estava vivenciando era simplesmente um encontro pessoal com Cristo, não uma conversão como resultado de um convencimento intelectual ou moral.  E isto o estava completando – preenchendo o seu ser. 
Agora observe a primeira instrução que Paulo recebeu: "Levante-se..." (no verso 10).  Provavelmente Paulo poderia estar ainda confuso sobre a nova experiência e sobre como se portar diante dela – todo cristão de verdade já se sentiu assim um dia.  É como se Jesus tivesse dito a Paulo: é bom estar em minha presença, mas ainda há muito que eu quero fazer através de sua vida, portanto se levante a vamos procurar o que fazer... 
Com certeza são palavras como estas que Deus fala em nossos momentos de profunda experiência espiritual: levante e vá ao trabalho!  Foi assim com os discípulos no monte da transfiguração (leia em Mt 17:1-7).  Também aconteceu com o profeta Isaías (confira em Is 6:8). E ainda foi o caso de Moisés em Horebe (narrado em Êx 3:16)
Que desta experiência do apóstolo Paulo, eu possa aprender todo dia como é bom ter encontros com Cristo e que destes encontros possa tirar forças para trabalhar sempre mais.  Para a glória dele.
(Na foto lá em cima, a reconstituição facial de Paulo feita pelos especialistas do LKA Renânia do Norte-Vestfalia - Alemanha - fonte: wikipedia.org)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Salmo 2 - uma leitura


Já sabemos que Davi foi considerado como o rei-modelo em Israel e alguns salmos o tomam por referência exatamente desta forma.  Entre eles vamos destacar aqui o Sl 2, certamente ele aponta a Davi como o rei idealizado por Deus.
O Salmo começa citando a revolta e a tomada de posição de outros reis adversários contra o ungido do Senhor.  Quando os inimigos se levantam contra o escolhido de Deus, Ele pessoalmente se apresenta para defendê-lo:
“Eu mesmo estabelecerei o meu rei
em Sião, no meu santo monte”.
(Sl 2:6)
Este salmo é uma declaração de amor e benevolência do Senhor para como o seu servo:
Pede-me, e te darei as nações
como herança
e os confins da terra como tua
propriedade.
(Sl 2:8)
Diante desta promessa, o salmista não tem dúvida alguma em proclamar:
Adorem o SENHOR com temor;
exultem com tremor.
(Sl 2:11)
Somente mais um detalhe a se observar em relação ao Sl 2: as palavras do verso 7 foram quase que literalmente citadas pelo Espírito Santo ao ratificar o batismo de Jesus (compare Mt 3:17; Mc 1:11 e Lc 3:22).