O
ENCONTRO DE JESUS COM OS NAZARENOS
Quais
os seus costumes espirituais?
Você percebe Jesus no seu cotidiano?
Você consegue ver Jesus mesmo sem o sobrenatural?
O
ENCONTRO DE JESUS COM OS NAZARENOS
Quais
os seus costumes espirituais?
Você percebe Jesus no seu cotidiano?
Você consegue ver Jesus mesmo sem o sobrenatural?
Sobre o cristão e a política é importante destacar que esse sempre
será um tema de interesse e atualidade.
Por isso também devemos observar qual a herança recente da igreja nessa
área específica e como ela tem se posicionado nos últimos tempos.
Em relação a herança e a contribuição dos cristãos para o ocidente
e seus conceitos de civilidade, democracia e humanismo, convém citar as
palavras de Ariovaldo Ramos:
“Nós construímos uma sociedade de direitos, lutamos por e
reconhecemos direitos civis, e não podemos abrir mão disso; não podemos abrir
mão da civilização que ajudamos a construir e a solidificar, onde mulheres,
homens e crianças são protegidos em sua integridade e garantidos em seus
direitos. Na democracia que ajudamos a reinventar, onde cada ser humano
vale um voto, tudo pode e deve ser discutido segundo as regras da civilidade.” (in guiame.com.br)
Ao longo dos últimos cem anos, alguns nomes cristãos se destacaram
por suas atuações políticas e contribuições para suas respectivas comunidades e
nações. Nomes como o do metodista
sul-africano Nelson Mandela que catalisou a liberdade racial no seu país. O diácono batista Jimmy Carter que presidiu
os Estrados Unidos. E o anglicano Tony
Blair que se destacou como premier britânico.
Dois nomes nessa relação, porém, merecem destaque especial: o
pastor batista Martin Luther King Jr. (1929-1968) que liderou a nação
norte-americana no fim de suas leis racistas e a aprovação dos direitos civis a
partir de suas pregações bíblicas em sua igreja em Atlanta e seu engajamento
social e político, sendo reconhecido com vários prémios, inclusive com o Nobel
da Paz.
Também destaque merece o nome do luterano alemão Dietrich Bonhoeffer (1906-1945). A partir de
estudos bíblicos e de ética cristã ele se recusou a apoiar a política nazista
alemã, fundou comunidades cristãs no seu país comprometidas com a verdadeira
confissão cristã. E por conta de seu
comprometimento cristão ele acabou preso e morto num campo de
concentração. Porém deixando um
verdadeiro legado de como os cristãos podem – e devem – se posicionar frente às
demandas políticas de sua nação.
(Da Revista DIDASKALIA – 1º quadrimestre / 2023 – IBODANTAS)
Respondendo a uma questão sobre as bases éticas e bíblicas do Aconselhamento Pastoral, eu ofereci a seguinte reflexão:
Inicialmente,
em linhas rápidas, é preciso logo deixar observado que, no Brasil, a atividade
de aconselhamento pastoral só deve ser feita sob a ótica espiritual (ou
religiosa). É vedado por lei o exercício
de atividade de atendimento psicológico / psicanalítico por profissional não
habilitado.
O pastor deve ser graduado em Teologia e, embora
na sua formação acadêmica, tenha estudado sobre noções de
aconselhamento/acolhimento (é assim nas instituições sérias!), ele não tem em
si uma formação científica específica na área.
Em relação à base bíblica do aconselhamento
pastoral: tudo começa com o amor (assim logo cito Cl 3:14). Toda atividade cristã (e o pastor
necessariamente se inclui aqui) deve começar pelo verdadeiro amor (lembre Mt
22:37-39).
A tarefa de aconselhamento pastoral deve ser
exercida como uma forma concreta de acolhimento e vivência de amor cristão,
procurando – através de linhas bíblicas – ensinar, redarguir, corrigir,
instruir em justiça (2Tm 3:16). Sob a
orientação do Espírito Santo.
Acrescente: O apóstolo Pedro na sua primeira carta
instrui aos presbitérios que pastoreiem e cuidem de seus rebanhos sem ganância,
mas com a atitude de serviço. E nunca
ajam como caudilhos daqueles que lhes foram
confiados pelo Supremo Pastor (1Pe 5:1-4).
Indo um pouco mais. Preste atenção que no texto de Ef 4:11 o
apóstolo cita o ministério de pastoreio
entre os dons (carismas) com os quais o próprio Espírito capacita a igreja.
Curiosidade:
o termo em grego no texto citado é ποιμήν que implica literalmente, no
dicionário, um pastor, alimentador, protetor e governante de um rebanho.
Ou seja: o pastorado é um ministério a ser
exercido entre a Igreja de Cristo por homens e mulheres que foram escolhidos, designados
e espiritualmente capacitados por Deus para cuidarem do rebanho a eles
confiados pelo Cabeça da igreja – Cristo.
E para concluir: a passagem da restauração de Pedro e seu comissionamento é bastante significativo nessa compreensão (leia Jo 21:15-17).
—
Pedro, você me ama?
—
Então cuide de minhas ovelhas!
Aproveitando, utilizando da metodologia da oposição de conceito, leia algo que escrevi sobre o que seria exatamente o contrário do ministério pastoral
O CAUDILHO ECLESIÁSTICO – link
Também, sugiro duas respostas que já ofereci a temas similares:
SOBRE MINISTÉRIO PASTORAL – link
O texto bíblico de Eclesiastes
é uma antologia de frases proverbiais e de sabedoria, aforismos e axiomas
atribuída ao mestre (gosto do título em hebraico: קהלת – qohelet – o erudito), rei em
Jerusalém.
O
tema repetido quase como um refrão no texto é que tudo nessa vida é vaidade
(essa palavra em hebraico é הבל – habel
– vazio, nulo – citada quase 30 vezes no livro).
Muitos
comentadores se referem ao texto com um conjunto de citações de “um velho rabugento,
frustrado com a vida”.
Mas não é sobre esses temas introdutórios que
pretendo escrever aqui. Pessoalmente,
sem dúvida, olho para o texto de Eclesiastes como um documento canônico –
inspirado e divinamente autorizado – logo, normativo para minha vida espiritual
e social – regra de fé e prática!
Assim sendo, vou focar num fraseado que ecoou para
mim essa semana a partir de uma postagem recente que vi nas redes sociais:
— Não seja justo demais, nem sábio
demais. Por que você destruiria a si mesmo?
(Ec
7:16)
E como texto sagrado, ele se revela como
extremamente atualizado!
Num ambiente religioso onde há a pretensão de reagir
– e rechaçar – o liberalismo (com destaque a questões morais e de costumes) dos
tempos fluidos, o fundamentalismo investe em firmar posições cada vez
intransigentes.
(eita!! Essa frase ficou bem teórica – vou
refazer)
Hoje em dia, em cada conversa, em cada citação, em
cada pregação, em cada postagem, em cada zap, parece que estão
levantando bandeiras de batalhas, defendendo verdades imutáveis, divinas e
eternas.
Guardiãs da moralidade, da justiça, da verdade –
gente “de bem” – sempre se apresentam como baluartes de valores sagrados.
(Atenção: eu não confundo o religioso com o
fariseu!)
É aqui que o texto bíblico se revela como
extremamente atualizado! Em tempos onde
diferentes justiças e verdades digladiam por primazia. Em tempos de fake news com validade de
conveniência. Em tempos de embates entre
cosmovisões (não achei outra palavra para essa frase!). Nesses tempos, a Palavra continua eterna e
suas lições relevantes.
O mestre bíblico – o qohelet – instrui com
convicção:
— Não seja justo demais. Não seja intolerante com seu senso de
justiça. Não queira ser o martelo da
justiça do mundo (os latinos diriam: malleo mundi). Não seja zeloso demais com o que é
certo. Não seja chato. Ouse abrir exceções! Ouse deixar a vida simplesmente fluir!
— Não seja sábio demais. Não seja o critério da verdade e da sua
interpretação. Não queira ser o detentor
de toda a sabedoria e verdade. Não seja sisudo
demais com o que é certo. Não seja
chato. Ouse não saber! Ouse aprender!
— Afinal, atitudes assim corrompem a vida e
atraem a morte. Pessoas e sociedades definham
e falecem com excesso de justiça e de verdade.
Isso é fatal!
Então, minha atenção é atraída necessariamente a
Cristo – fundamento primário de nossa fé.
Se, em nome do meu cristianismo, eu postulo justiças e conhecimentos que
seriam estranhos ao Jesus de Nazaré, alguma coisa está muito errada.
Jesus foi justo – mas deu abrigo aos injustos e
pecadores em seu grupo mais íntimo. ELE
disse: “vá e não peque mais” – mas só depois de ter dito: “eu também não lhe
condeno”.
Ouse não ser nem justo demais, nem sábio demais! Ouse ser apenas cristão!
Seguindo
a narrativa de Lucas, preso à traição, Jesus foi julgado pelo menos quatro
vezes: pelo Sinédrio sob a acusação de blasfêmia; por Pilatos, acusado de
agitação social e política; por Herodes, sendo por este desprezado e novamente
por Pilatos que, mesmo não encontrando crime, cedeu à pressão dos acusadores e
entregou Jesus ao martírio.
Em
todos estes julgamentos, o mais importante a se destacar é que Jesus era
justo. Ele morreu sem culpa ou
pecado. Isto foi inclusive reconhecido
pelo malfeitor que o acompanhou na cruz (confira Lc 23:41) e pelo centurião na
hora da morte (24:47).
A
morte de Jesus não foi resultado de seus erros e crimes, mas para levar a
efeitos os planos de Deus e cumprir as profecias, e por fim tomar posse
definitiva de sua glória (observe o que o próprio Cristo disse no caminho de
Emaús em Lc 24:26-27).
Outro
detalhe a ser notado é que no trajeto final até a cruz, seus discípulos mais
próximos estiveram ausentes, mas um grupo fiel de mulheres não o abandonou,
lamentando o ocorrido (leia Lc 23:27).
Elas que acompanharam o ministério de Jesus desde o início (reveja Lc
8:1-3) e depois testemunharam a ressurreição (em Lc 24:1-3) não foram ignoradas
por Jesus neste momento de dor (leia 23:27-32).
O método
de execução por crucificação praticado pelos romanos era extremamente cruel e humilhante. O sentenciado era pregado em um madeiro e ali
ficava exposto ante à vergonha pública enquanto sentia suas últimas forças
vitais irem embora lentamente.
Foi
num instrumento assim que Jesus morreu (a narrativa da crucificação encontra-se
em Lc 23:33 em diante). Levado ao monte
Calvário, Jesus foi preso à cruz sob o olhar de todos. Contudo as reações foram as mais diversas: o
povo apenas observava com curiosidade; as autoridades e o soldados zombaram, e
dos dois malfeitores que também foram crucificados, um blasfemou e o outro
suplicou por clemência.
Mas
é preciso destacar e procurar compreender as palavras e atitudes de Jesus
naquela hora fatal. A grandeza do homem
que é Deus esteve estampada em cada uma delas.
Logo
ao chagar ao lugar do sacrifício e estar preso ao madeiro, Jesus se dirigiu ao
Pai pedindo perdão para aqueles que o matavam (leia Lc 23:34). É nesta hora que Jesus demonstrou todo o amor
e cuidado por aqueles que precisavam de seu perdão, por estarem ignorantes no
que faziam.
Para
o malfeitor arrependido, Jesus lhe abriu as portas do paraíso (em Lc
23:43). Esta era a razão principal de
sua missão, atrair pessoas para o convívio eterno com Deus. E ele não negaria a um pecador arrependido.
E
com o último suspiro, Jesus entregou seu espírito ao Pai (em Lc 23:46). Com tal declaração, ele estava anunciando sua
fidelidade absoluta ao Deus todo-poderoso que julga e redime os seus.
Há
uma ironia, contudo, que deve ser notada na cruz. O título estampado sobre Jesus – como era
costume romano fazer, declarando a culpa do sentenciado – é a mais perfeita
verdade do evangelho: Este é o Rei dos Judeus (Lc 23:38).
(A
partir da Revista "Lucas" – Editora Sabre)
No primeiro ano de Dario, Daniel se levantou para declarar ao rei sobre
o destino da nação (11.1,2).
Segundo Daniel, estava destinada para a Pérsia uma sucessão de três reis
(11.2) e, quando o quarto chegasse, o reino seria desfeito e dividido entregue
a outros que não eram herdeiros do trono (v. 4), vindo depois várias guerras em
sequências (v. 5-30) que culminariam com a interrupção do holocausto contínuo e
o estabelecimento da “abominação assoladora (v. 31).
Isso porque esse rei não teria respeito pelos deuses de seus pais, e se
engrandeceria acima de tudo (11.37), estendendo seu poder sobre muitas nações
(v. 42). Mas, apesar de todo esse poder, seu destino estava selado: “o seu fim
virá, e ninguém o socorrerá” (v. 45).
Quanto ao povo de Deus, aqueles “cujo nome estiver escrito no livro”
(12.1), mesmo com toda oposição e tribulação, ficou a garantia de que o
príncipe Miguel se levantaria em seu favor.
E como resultado desse livramento, ocorrerá ressurreição dos que dormem
(12.2) e a promessa de que os “sábios resplandecerão como o fulgor do
firmamento” (v. 3).
Daniel ficou curioso: “Quanto tempo haverá até o fim destas maravilhas?”
(12.6). Então a resposta lhe veio, como um juramento por aquele que vive
eternamente, atestando que, passado algum tempo, “todas estas coisas se
cumprirão” (v. 7).
Embora as tribulações na passagem do tempo possam até parecer duras e
longas, mas Daniel compreendeu e creu que no final a promessa e garantia da
vitória seria o que lhe sustentaria até receber a herança no final dos dias
(12.13).
CONCLUSÃO
As visões finais de Daniel foram enigmáticas e assustadoras, mas em cada
uma delas Deus o confortou com a garantia de que mesmo em meio a qualquer luta,
a promessa de que o Senhor trará a vitória para seu povo é certa.
(Da
revista “COMPROMISSO” – Convicção Editora – Ano CXVII – nº 468)
Mais uma vez Daniel esteve chorando diante do Senhor e, no terceiro ano
de Ciro, uma nova visão lhe chegou (10.1-4). Desta vez, às margens do rio
Tigre, o profeta viu “um homem vestido de linho e com um cinto de ouro fino”
(v. 5).
Da mesma forma que nas visões anteriores, Daniel ficou assustado (10.8),
porém, dessa vez também, ele foi tocado e confortado (v. 10). E, ainda mais uma
vez, ele soube que suas orações tinham sido ouvidas desde o primeiro dia em que
aplicou o coração a compreender e a se humilhar diante de Deus (v. 12).
Nesta visão ele soube que, mesmo que embates espirituais tenham
acontecido por algum momento, o suporte sempre foi certo (10.13). Então,
fortalecido na confiança, Daniel foi instruído sobre o seu significado e que
ela se referia a “dias ainda distantes” (v. 14).
Daniel, contudo, continuou com o rosto em terra, porém ainda o ser que
parecia um homem voltou a o reanimar: “Não temas, homem muito amado! Paz seja
contigo! Sê forte e tem bom ânimo” (10.19).
(Da revista “COMPROMISSO” – Convicção Editora – Ano CXVII – nº 468)
Leia mais sobre AS VISÕES DE DANIEL –
1ª visão – link
2ª visão – link
3ª visão – link
O destino da Pérsia – link